domingo, 18 de março de 2007

História que meu pai contava

Meus amigos blogueiros,

Hoje volto a este cantinho a fim de contar para vocês mais um caso real, acontecido com meu avô materno Pedro Batista, que era sogro do meu papai e tio do Dr. Eliezer Batista – aquele da CVRD.
Aconteceu há muitos anos.
Leiam e comentem:

O TOURO REPRODUTOR

Faz tanto tempo! Talvez uns 100 anos. Meu avô tinha um touro. Sem a menor dúvida era o melhor da região, quiçá de Minas Gerais.
Pois bem, esse touro era seu único patrimônio.
Os fazendeiros criadores de gado descobriram que o tal touro do vovô Pedro era, realmente, o melhor animal reprodutor que já tinham visto e começaram a alugá-lo para cobrir suas vacas. Bastava colocar uma vaca perto dele e o bicho não perdoava! O vovô estava faturando alto, ganhando muuuuito dinheiro.
Os fazendeiros se reuniram e resolveram comprar o fabuloso touro. Chegaram à casa do vovô Pedro e falaram assim:
- Põe o preço no seu touro que nós vamos comprá-lo.
Aproveitando-se da situação, pediu um preço absurdo, uma verdadeira fortuna.
Os fazendeiros não aceitaram e foram se queixar com o prefeito. Este, sensibilizado, adquiriu o fenomenal touro com o dinheiro da Prefeitura, tudo dentro da lei. Pagou realmente uma fortuna e o registrou como patrimônio municipal. Os fazendeiros trouxeram suas vacas para o touro cobrir, tudo de graça!
Veio a primeira vaca, o touro deu uma cheirada e nada...
- Deve ser culpa da vaca, disse um fazendeiro, ela é muito magra!
Trouxeram outra vaca, uma holandesa, a mais bonita da região.
O touro cheirou a vaca e... nada!!!
O prefeito desesperado chamou o vovô e lhe perguntou o que estava acontecendo.
- Não sei, respondeu, ele nunca fez isso antes! Espere ai, vou conversar com o bicho.
Chegou junto ao touro e perguntou:
- O que há com você meu touro, não está a fim de trabalhar?
O touro, dando uma espreguiçada, respondeu:
- Não enche o saco, Sô Pedro, agora sou Funcionário Público. E caiu na gargalhada.
- Até tu, touro?

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Historinha politicamente incorreta? Certamente...
Infelizmente, traduz o pensamento de grande parcela da população, que tacha de preguiçosos toda uma categoria, pelo erro de uns poucos.
Eu mesmo, Soié, fui durante 35 anos funcionário dos Correios, trabalhei muuuuito mesmo, carreguei peso, sacolas pesadas com centenas de cartas que eram distribuídas pelas casas da cidade.
Meu pai também foi funcionário exemplar do Judiciário mineiro, prestando excelentes serviços à sociedade, assim como meu filho Cláudio que é médico do Estado, e minha neta Ana Letícia, que ingressou há pouco no serviço público estadual em sua área de atuação, advocacia.
Até mesmo minha "eterna namorada" Aparecida foi funcionária pública dedicada e comprometida com o Tribunal de Justiça de Minas.
E digo mais, nunca, em minha existência, fui destratado por um funcionário público: sou atendido com extrema solicitude pelos funcionários do IPSEMG em Belo Horizonte e aqui em Nova Era todas as vezes que é preciso recorrer aos seus serviços.
Por isso, apóio todas as iniciativas do governo em punir os maus funcionários. Se eu fosse o prefeito da história que meu pai – ele mesmo, funcionário público! – contava, naquele mesmo dia os cidadãos seriam brindados com um delicioso churrasco!!!

Abraços, Ismael.